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Bhagavad-gītā 4.30

Texto

sarve ’py ete yajña-vido
yajña-kṣapita-kalmaṣāḥ
yajña-śiṣṭāmṛta-bhujo
yānti brahma sanātanam

Sinônimos

sarve — todos; api — embora aparentemente diferentes; ete — estes; yajña- vidaḥ — versados no propósito de executar sacrifícios; yajña-kṣapita — purificando-se como resultado de tais execuções; kalmaṣāḥ — de reações pecaminosas; yajña-śiṣṭa — do resultado de tais execuções de yajña; amṛta-bhujaḥ — aqueles que saborearam tal néctar; yānti — aproximando-se de; brahma — a suprema; sanātanam — atmosfera eterna.

Tradução

Todos estes executores que sabem o significado do sacrifício purificam-se das reações pecaminosas, e, tendo saboreado o néctar dos resultados dos sacrifícios, eles avançam em direção à atmosfera eterna e suprema.

Comentário

Através da explicação anterior sobre os diferentes tipos de sacrifício (a saber, sacrifício dos próprios bens; estudo dos Vedas ou de doutrinas filosóficas; e execução do sistema de yoga), fica claro que o objetivo comum de todos é o controle dos sentidos. O prazer dos sentidos é a causa fundamental da existência material; portanto, enquanto não conseguirmos nos situar numa plataforma em que não haja gozo dos sentidos, não será possível alcançar a plataforma eterna de conhecimento pleno, bem-aventurança plena e existência plena. Esta plataforma situa-se na atmosfera eterna, ou atmosfera do Brahman. Todos os sacrifícios acima mencionados ajudam-nos a nos purificar das reações pecaminosas da existência material. Por meio deste progresso na vida, não só nos tornamos felizes e opulentos nesta vida, como também, no final, entramos no reino eterno de Deus, fundindo-nos no Brahman impessoal ou associando-nos com a Suprema Personalidade de Deus, Kṛṣṇa.